Em algum lugar, além dor limites do Universo, existe uma biblioteca muito peculiar onde o tempo não passa: lá é sempre meia-noite. Essa biblioteca abriga uma quantidade literalmente infinita de estantes, prateleiras e livros. Um dos exemplares armazenados nela retrata sua vida exatamente como ela é. Outro reúne o conjunto de seus arrependimentos. E os demais narram simplesmente todas as suas vidas alternativas possíveis - aquela que você poderia ter vivido se, a cada segundo da sua existência, tivesse tomado uma decisão diferente da que tomou, em toda e qualquer situação. Em algum momento, todos já nos perguntamos como seria se pudéssemos voltar no tempo e desfazer algo de que nos arrependemos. Agora imagina se lhe fosse dada a chance de visitar essa biblioteca e passar por essa experiência de verdade? Será que alguma dessas outras vidas seria mesmo melhor que a que você tem hoje?
Em A Biblioteca da Meia-Noite, o novo romance de Matt Haig, Nora Seed se vê nesta situação. Diante da possibilidade de trocar sua vida por uma nova - seja seguindo uma carreira diferente, reatando antigos relacionamentos, realizando seu sonho de estudar geleiras - , Nora faz um mergulho interior viajando pelos livros da Biblioteca da Meia-Noite até entender o que é verdadeiramente importante na vida, e o que faz, de fato, com que valha a pena ser vivida.
Quem nunca imaginou ter um segunda chance, mudar alguma coisa ou alguma fase de sua vida? O cinema e a literatura usam o tema há muito tempo, usando objetos ou lugares diferentes. Dessa vez o lugar escolhido foi uma biblioteca (no livro tem a explicação do porque da escolha desse lugar).
Nora Seed tem essa chance depois que tudo dá errado em sua vida. Não tem como não se imaginar no lugar da personagem que pode através da biblioteca ter outras vidas, mas cuidado, isso nem sempre quer dizer felicidade... Como diria minha amiga Solange: uma sessão da tarde.
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